quarta-feira, 25 de junho de 2014

Mulher e Poesia

 
Mulher e Poesia

Faz-me feliz saber que sou tua mulher
De ti colho ao raiar do sol um lindo poema
De ti mereço muitos carinhos sem doer
Esta minha coitada ferida grudada na alma

Faz-me feliz acordar sempre ao teu lado
Sentir o calor dos teus abraços com ternura
Sentir a doçura e o gemido do teu corpo amado
Nesta requintada noite de sabor da loucura

Quero sempre ser a mulher sem ódio e nem dor
Ser amada como a flor que me ofereces neste dia
Ser a emoção que envolveste nos versos desta poesia

Quero sempre ser a mulher de alegrias e do amor
Que as estrelas oferece aos enamorados de noite
Pois para toda vida serei sempre tua até a morte…

Sanjo Muchanga
 
 

Maior Desgosto



Maior Desgosto


Quero alguém para curar a minha dor
Passei quase toda noite sem amor
E nem vontade de escrever o que mas gosto
Tudo graça ao meu maior desgosto

Que a musa dos meus sonhos me deu…
Realmente me custa acreditar, mas aconteceu
Dizem os meus amigos que foi em Dezembro
Mas juro que já não me lembro

O que terá lhe feito virar uma prostituta
Depois de tantas lutas e disputas
Daquele seu sorriso como duma estrela

Coitado de mim que ainda lhe amava
Se eu soubesse o que ela pensava
Terias jogado do o meu amor pela janela.

Sanjo Muchanga

Curvo a Gentileza Eterna



Curvo a Gentileza Eterna
Se o medico me fizer uma gentileza
Eu lhe enviarei no papel uma trova
Onde exponho a minha dor e incerteza
Que me põe entre a vida e a cova
Porque na trova eu me liberto
Não escondo no peito a certeza
Que a cada dia da manha desperto
Curvo a gentileza eterna da natureza
Que os meus dias acelera a tuberculose
Deitado na cama do hospital entre a dor
Que mata a cada tose o pobre trovador
E o medico gentil me dando a última dose
Que acaba com a minha incerteza na alma
Quando a gentileza escapa em lágrima





Sanjo Muchanga

A Paz



A PAZ…

Não é uma música que qualquer um deve cantar
Não é o tormento que o povo deve derramar
Não é a glória de politiquismo dos arrogantes
Muito menos o troféu dos principiantes

Não é promover o roubo em nome da pobreza
Não é colocar rostos de inimigos na sua alteza
Para ofender e denegrir o que ainda resta da liberdade
Do povo que luta pelo seu saber da verdade

Não é uma lenda ou banda desenhada senhores
Não me façam derramar lágrimas de dores
Em nome da vossa cobardia seus sacanas

Não matem os meus irmãos em nome dessa vossa ambição
Tragam-nos a paz que merecemos na nossa canção
Ao entoar do nosso Hino Nacional nas capulanas.

Sanjo Muchanga